domingo, 6 de dezembro de 2020

Hoje desci à rua.

 Fui cegado pelas sombras. 

Fiquei inconsciente pelas luzes.

Homens manobram as marionetas, cujas formas são projectadas nos écrans da vida.

Os sacerdotes lançam os seus pozinhos, dilacerando ao seu bel-prazer todos aqueles que parecem ver além do vendaval dos brilhos.

A parafernália de luz e vultos é intensa e magnetizante. Poucos são os que fogem ao seu cinismo. 

Fora as alegorias, a verdade está lá fora: no chão, na rua e em nós.  

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